Quase sempre imagino histórias sobre gente que nunca existiu. Na maioria das vezes, histórias de amor intensas e envolventes, mas dificilmente com um final feliz. E esse é o meu problema com os leitores novos – eles gostam de finais felizes, mas eu trabalho com a realidade. Bem, não exatamente assim, mas vamos lá.
Quando achei o chaveiro com o rosto dessa mulher, que viria a se tornar Carolina de Aragão, perguntei-me a quem pertencia tal rosto tão lindo e delicado, e o que esta havia feito para se ter tantos adornos com o seu rosto gravado neles. Certamente teve uma história de vida incrível – só me restava saber qual.
Antes que comecem e me repreender, sim, eu pensei em perguntar às vendedoras, mas então qual seria a graça? A imaginação é a ferramenta que ergue o homem às alturas, e é de lá a melhor vista.
E foi colocando a minha cabeça para funcionar que descobri quem foi a mulher do chaveiro. Seu nome é Carolina de Aragão, e vou lhes contar a sua história e a do seu maior amor.