A água encharcava meu cabelo e escorria pela minha face. Minhas roupas já grudavam no corpo, os automóveis faziam barulho na pista com suas buzinas nervosas, a maioria ansiosa para chegar logo em casa e dar continuidade à comemoração com uma garrafa de champanhe na mão e a calçinha da namorada na outra. E foi ignorando pensamentos como este que pus os pés no asfalto, movida pela curiosidade ainda sobre aquele ponto luminoso.
Eu já estava na metade do meu caminho até o outro lado da rua quando, por instinto, olhei para a minha esquerda e tive a imagem do exato momento quando o motorista se distraiu com algo bastante irritante no telefone ao seu ouvido. Pude ver sua boca se abrindo para gritar com a pessoa com quem falava, mas tudo o que ouvi, alguns instantes depois, foi o som paralisante do freio imediato do carro e ruídos de algo se quebrando que realmente não sei de onde vieram. Daí eu parei de olhar, pois o carro estava perto demais e tive medo de que me machucasse, mas chocada demais para me mexer. Estava frio.
Foi assim que eu morri.
Nossa, que triste!!! Pensamentos antes ada morte melhores do que recordações velhas e inquietantes! Adoreiiiii
ResponderExcluirSenti o frio daqui.
ResponderExcluirUm beijo.
Eu já desejei uma morte assim pra mim... rs. (serio mesmo)
ResponderExcluirAdorei seu espaço!
Karolinne, isso tudo aconteceu com voçê (isto é uma narração) ou é uma ficção, advinda de sua imaginaçao.
ResponderExcluirCaso seja a primeira opção, tu viste a morte de perto, nascertes de novo. (mais um dia de aniversário); caso seja a segunda opção, tiro o chapel para a sua imaginaçao.
Eu acho que foi a primeira. E a descrição está pra lá de ótima. E todo o texto incrivel.
marcelo mascaro.