Eu não sei bem quem sou. Essa é a maior verdade da minha vida, e hoje eu declaro a vocês a minha derrota. Não que eu tenha desistido de viver, mas desisti de viver tentando controlar a vida. Esta, que de minha parte é uma bagunça total. Aquela bagunça organizada, onde só mesmo o dono dela a pode entender.
Eu sou a dona da minha bagunça, e digo que nela se encontram pedaços de Cazuza, cacos de Renato, trapos de alguns professores que passaram pela minha vida – ou eu pela deles –, e mais um monte de papéis picotados onde podem ser identificadas mais mil pessoas que admiro, pessoas que me inspiram a cada dia um pouco mais.
Antes de tudo, preciso contar uma coisa a vocês. Sabem eu, esta pessoa que vos escreve? É, pois é, eu não sou eu. Eu não sou eu, primeiramente porque não sei quem sou, e não tenho certeza de que se soubesse ainda o seria com tanta naturalidade... Mas enquanto vivo essa doce dúvida amarga, absorvo um pouco de tudo o que vejo, tudo o que ouço. E faço isso porque sou fraca. Ou forte, ainda não sei.
Meu Deus, há tanta coisa a aprender!
Eu sempre fui uma pessoa muito sensível à informações e emoções alheias, o que me torna quase uma esponja já podre de tanta sujeira misturada com sabonete de morango... Em filmes, por exemplo, se simpatizo com o personagem, eu simplesmente o absorvo e passo a me sentir como ele durante as próximas doze horas. Se ele chora, eu choro. Se ele enlouquece, enlouqueço também.
Se leio um livro, lá está a droga do meu cérebro esponjoso novamente, sugando tudo o que meus olhos avistam nas infinitas linhas que definem o caráter do personagem, e então se ele é forte, eu sou forte. Se é fraco...
E não sei mais onde eu queria chegar com esse texto. Mas acabei de assistir o filme de Cazuza, e meu lema durante as próximas 12 horas é vida louca... Então, pra quê chegar a algum lugar? Já estive ali e aqui, estou cá, e – creio eu – um dia chegarei lá. Mas enquanto no papel o lá ainda for lá, esse dia jamais chegará.
Eu diria pra continuar assim, mas nos 'molduramos' conforme a onda que nos leva nessa vida louca. =]
ResponderExcluirQue engraçado, já faz um bom tempo que eu escuto minha mãe falar: toma cuidado com essa mania de ser esponjinha. Nunca tinha ouvido ninguém compartilhar desse "adjetivo", ou desse "traço de personalidade".
ResponderExcluirE incrível - eu também me envolvo demais com os personagens de filmes, quando bem interpretados.
Enfim. Bom saber que não somos sozinhas no mundo!
adooorei seu texto (:
ResponderExcluirestou te seguindo viu ? ;D
E se você ver um filme de terror? Vai sair por aí aterrorizando geral? (só pra descontrair) haha...
ResponderExcluirCazuza... Grande cara! terminei de ler o livro mês retrasado consegui o fazer em uma semana, o que para mim é um milagre! haha
beijo menina! :)
Gostei do texto. Mas acho que é normal, e talvez a graça esteja realmente em não saber quem é: Mas ser. Pode acreditar que essa sua capacidade de absorver as coisas vai te trazer muitas coisas boas. Beijo.
ResponderExcluirPS: Amei seu comentário, muitíssimo obrigada.
engraçado que hoje estou perdidinha... tambem nao sei de nada... :(
ResponderExcluirVim aqui agradecer pelo comentário lá no meu blog (: encontrei o seu pelo blog da Ná, do "A Day In The Life", tô seeeeempre visitando o dela e vi o seu lá.
ResponderExcluirBeijo.
O que vai acontecer se você assistir: "O Estranho Mundo De Jack"? Vai virar uma caveira feita de massinha de modelar?
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